Crítica | O Protetor 2 (The Equalizer 2) [2018]

Hoje em dia em Hollywood é assim: Se algum filme de ação fez sucesso, pode ter a certeza que sequências virão. Não foi diferente após a parceria entre o ator Denzel Washington e o diretor Antoine Fuqua (Dia de Treinamento) ressurgir após treze anos, em 2014, com o filme “O Protetor”.

O Filme retorna as telonas com sua sequência trazendo novamente a figura de Robert McCall (Denzel Washington), em uma história de vingança pessoal após assassinos matarem sua amiga Susan (Melissa Leo).

A direção de Fuqua é até interessante – partindo da ideia de como ele constrói suas cenas de ação -. Porém, o roteiro elaborado por Richard Wenk, empobrece a película. É extremamente desinteressante o filme nesse aspecto. E só não torna totalmente desinteressante… porque temos Denzel em ação (o que me faz acreditar que se fosse outro ator, o filme não teria o sucesso alcançado em seu primeiro filme e não teríamos essa continuação, por exemplo).

A trama é bem simples: McCall está agora trabalhando através do aplicativo Lyft (Mesma semelhança ao Uber). Sabemos, desde o primeiro filme, o quanto o seu personagem tem o aspecto paternal e protetor. Isso condiciona com que seu personagem tenha apego por vários desconhecidos que ele conhece em sua rotina diária. (E é aqui que encontramos uma coisa boa pra esse filme, explico a seguir.)

Convenhamos: Denzel é top 20 de uma lista fiel e bem feita de melhores atores de todos os tempos. Esse filme só funciona de forma boa, acredite, por causa dele. Dentre os desconhecidos que seu personagem McCall conhece e se aproxima, está o Jovem Miles, interpretado pelo ator Ashton Sanders. É entre essa aproximação que está a única coisa boa do roteiro. Os diálogos entre os dois personagens, não apenas são admiráveis, como enaltece o personagem de Denzel. (Óbvio que muito disso vem devido a sua interpretação).

O maior erro do filme está em seu último ato. Toda a trama é fácil de ser descoberta, basta apenas você eliminar os personagens que surgem no decorrer da história. Mas, sempre haverá uma exceção. Fuqua conduz as ações (embora mal escritas em conteúdo de roteiro) de forma excepcional: É mais do que correto afirmar que em questão de cenas de ação e tensão, Fuqua entende perfeitamente bem.