Crítica | Guardiões da Galáxia Vol.2 (Guardians of the Galaxy Vol.2) [2017]

Nota do Filme:

A continuação do sucesso mais inesperado da Marvel Studios encontra seu enredo no passado de Peter Quill (Chris Pratt), discutindo suas origens e destrinchando relações familiares entre os personagens.

Guardiões da Galáxia Vol.2 volta com James Gunn roteirizando e dirigindo os mercenários mais queridos da galáxia, agora os guardiões são reconhecidos e respeitados por terem salvado o planeta Xandar da destruição por uma jóia do infinito em posse de Ronan, o destruidor. O espírito do primeiro longa permanece, principalmente na escolha das músicas do icônico “Awesome Vl.2” que continua fazendo parte da narrativa como elemento chave para entender as relações e os sentimentos no filme.

Gunn se encontra confortável dirigindo a sequência, e esse conforto torna o filme repetitivo demais e dependente de piadas estabelecidas no filme anterior para funcionar. Pela primeira vez na franquia, o enredo é dividido em dois núcleos que vão se unificando até o último ato, por esta razão existem conveniências de roteiro que enfraquecem alguns núcleos em prol da trama maior que, a bem da verdade, não é muito interessante.

O primeiro ato do filme é eletrizante e funciona muito bem, reconstrói toda a dinâmica e o carisma da equipe nos minutos iniciais, ainda cativando e tornando o Groot (Vin Diesel) cada vez mais amável – Baby Groot é um dos maiores méritos do longa.

Yondu (Michael Rooker) ganha mais espaço nesse longa. Acompanhamos parte das consequências que ele sofreu com a partida de Quill e suas atitudes anti éticas, o que nos prepara para o acontecimento que o atinge ao fim do filme.

O segundo ato é recheado de piadas que não funcionam, ou por forçarem uma situação desnecessária ou por serem repetidas e recicladas do primeiro filme. Além disso, a trama envolvendo o pai de Peter Quil (Kurt Russell) é atrapalhada e lenta demais, enquanto o núcleo de Rocket (Bradley Cooper) e Groot é muito divertido, os outros guardiões ocupam tempo de tela com diálogos desnecessários, repetitivos e nada engraçados. Um destaque para o confronto entre Nebulosa (Karen Gillan) e Gamora (Zoe Saldana) que consegue entregar uma das melhores cenas de ação do MCU.

Por fim, o terceiro ato entrega um confronto colossal fora dos padrões do que estava sendo apresentado nos padrões de Guardiões da Galáxia e se perde numa confusão visual imensa (destaco novamente para o bebê Groot que é dono das melhores piadas e cenas da sequência final).

Portanto, Guardiões da Galáxia Vol.2 é um longa que não encontrou a melhor forma de honrar o seu antecessor, mas mantém o espírito aventuresco e musical de seu predecessor.