Nota Do Filme:
Sem sombra de dúvidas da nova safra de diretores que surgiram nos últimos 10 anos, o canadense Dennis Villeneuve está presente na lista dos melhores. Na coluna de hoje, amigo leitor, vou indicar um desses trabalhos do Villeneuve que é tão elogiado. Inclusive, este filme que irei abordar aqui, teve sequência este ano e eu comentei a respeito dele aqui, na cinematologia, como você pode conferir no link: https://cinematologia.com.br/cine/critica-sicario-dia-do-soldado/
Escrito por Taylor Sheridan, o filme mostra o panorama do governo americano em tentar administrar o narcotráfico dos cartéis mexicanos dentro de sua fronteira. O que evidentemente não há uma solução de curto ou médio prazo. O filme se concentra em uma agente do FBI (Emily Blunt) convidada a fazer parte de uma equipe junta com dois especialistas (Josh Brolin e Benicio Del Toro) que ficará responsável em libertar vários reféns dos traficantes ao longo de vários meses. Inquieta com os métodos do misterioso agente Matt (Brolin) e, especialmente, com a presença do dúbio e insondável Alejandro (Del Toro), cujo papel na equipe ela não consegue identificar.
O roteiro faz o clássico confronto entre a moralidade e a ambiguidade, de um lado Kate (Emily Blunt) que está o tempo todo em confronto com si mesma em relação do seu objetivo na missão, mediante a tudo que ela vê que vai de encontro com o que ela acha certo. Do outro lado a figura arrogante de Matt (Brolin) e seu temperamento imprevisível. Ah, é claro, e bem mais importante… Alejandro (Del Toro), que demonstra ser uma figura fria, calculista, mas que carrega um passado aterrorizante e um peso enorme em suas costas.
Tudo isso é claro, é filmado magnificamente pela fotografia do excelente e experiente Roger Deakins, que fotografa belíssimos planos aéreos sobre a fronteira, o que denota que este ambiente de guerra poderia ser qualquer zona do iraque, mas é apenas o quintal, ao lado, dos americanos.
Villeneuve, aqui, não só repete seus ótimos trabalhos anteriores a este filme, como desde a cena inicial até a final carrega a responsabilidade de fazer o filme funcionar de forma excitante. Em Sicario, raro vai ser os momentos em que você não ficará tenso. O que é claro, através do belíssimo design de som e trilha sonora, o filme não só proporciona isso, como exalta a tensão o tempo todo. (Um exemplo disso é a cena do trânsito parado em uma das avenidas do México – O que pra mim é uma das cenas mais maravilhosas já feitas em filmes deste gênero -)
Falar de Sicario é também falar de seu elenco, além da direção, fotografia e belíssimo trabalho de som, Sicario funciona magnificamente bem, também, no elenco. Com atuação estupenda de Del Toro (E que foi um pecado, infelizmente, ele não ter sido indicado ao Oscar por ela).
Por fim eu só tenho a falar que se você ainda não assistiu a este filme, deveria pra já, reservar um horário neste final de semana e vê-lo. Se você é fã de filmes de Thrillers, esse é, sem dúvidas, um dos melhores dos últimos anos.
E por hoje basta e ficamos por aqui, na semana que vem voltamos com mais indicações.
Bons Filmes.
Ama o cinema desde que era uma criança quando, ao brincar com seus gibis da Turma da Mônica, os imaginava como se fossem pequenas fitas VHS de uma locadora de vídeo.
Correspondente das Cabines de Imprensa de Recife-PE.