Tente não chorar: 5 filmes com finais comoventes

Luzes da Cidade (City Lights) [1931]

Dir: Charles Chaplin

Encarnando seu característico e doce vagabundo, o personagem de Charles Chaplin se apaixona por uma florista cega (Virginia Charrill), a quem decide ajudar financeiramente para que a moça consiga realizar uma cirurgia óptica. A partir daí, uma série de desventuras passa a ocorrer na vida do sujeito, incluindo uma clássica cena em um ringue de boxe. A cena final é uma das mais lindas já produzidas, evidenciando que Chaplin possuía um talento para nos emocionar diretamente proporcional à sua capacidade de nos fazer rir.

Casablanca (1942)

Dir: Michael Curtiz

Durante a Segunda Guerra Mundial, Victor Laszlo (Paul Henreid), um membro da Resistência, busca livre passagem pela cidade marroquina que dá título ao longa para fugir dos nazistas que estão em seu encalço. Para isso, sua companheira, Ilsa (Ingrid Bergman), pede ajuda a uma antiga paixão, Rick (Humphrey Bogart), que dirige um clube local. Com um roteiro repleto de diálogos afiados e uma fotografia deslumbrante, o filme faturou o Oscar de Melhor Filme e continua referência mesmo após mais de setenta anos. E seu desfecho apresenta uma eficiente combinação de melancolia e catarse.

Cinema Paradiso (Nuovo Cinema Paradiso) [1988]

Dir: Giuseppe Tornatore

Contado em flashbacks, o ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro na edição de 1990 nos leva à infância de Salvatore “Totò” Di Vita  (Salvatore Cascio), uma criança fascinada por Cinema e que faz amizade com Alfredo (Philippe Noiret), o projetista da pequena vila italiana em que vivem. Agora adulto e famoso cineasta, o protagonista relembra esses tempos ao receber a notícia da morte do velho amigo, que, antes de partir, lhe deixou um presente. E é justamente esse presente que faz do final de Cinema Paradiso uma cena absurdamente bela, além de funcionar como uma verdadeira carta de amor à Sétima Arte.

Tomates Verdes Fritos (Fried Green Tomatoes) [1991]

Dir: Jon Avnet

Desiludida com a própria vida, Evelyn (Kathy Bates) costuma visitar uma parente em uma casa de repouso e em uma de suas idas conhece a idosa Ninny (Jessica Tandy), uma residente do local. Através dessa relação é revelada a história de Ninny e sua vida no sul dos Estados Unidos. A conversa que encerra a produção reforça de modo tocante o valor da amizade e a importância da memória.       

Eu, Você e a Garota Que Vai Morrer (Me, Earl and the Dying Girl) [2015]

Dir: Alfonso Gomez-Rejon

O jovem Greg (Thomas Mann) é o típico estudante de ensino médio retraído e com apenas um amigo, Earl (RJ Cyler), com quem se diverte fazendo remakes de filmes clássicos. Após a colega de escola Rachel (Olivia Cooke) ser diagnosticada com leucemia, a mãe do garoto o pressiona a passar seu tempo com ela, o que gera uma sincera narrativa sobre adolescência, perdas e autodescoberta. E termina com um fundamental lembrete de que fazer pessoas queridas darem risadas é um dos maiores presentes que a vida pode oferecer.