#CineIndica| Coisa Mais Linda

Ambientada nos anos 50, época na qual as mulheres ainda eram bastantes submissas aos seus maridos e se limitavam à vida doméstica, as protagonistas de Coisa Mais Linda vão provar que não é bem assim. Com um toque de The Marvelous Mrs. Maisel, a produção chega à Netflix com muita música e clima carioca.

Tudo começa com Maria Luíza (Maria Casadevall), que se muda de São Paulo para o Rio de Janeiro, com o objetivo de abrir um restaurante com o seu marido, apenas para descobrir, ao chegar na cidade, que ele tinha um caso, roubou seu dinheiro e fugiu. Em um momento vulnerável, conhece Adélia (Patrícia Dejesus), mulher negra, forte e trabalhadora, que dá o sangue para que sua filha tenha uma vida melhor. Agora como Maju, decide transformar o restaurante em um clube de música e tem a amiga como sócia.

Além das duas, conhecemos a história de Lígia (Fernanda Vasconcellos), amiga de juventude de Maju, que sonhava em ser cantora mas, atualmente, é uma esposa troféu. Augusto (Gustavo Vaz), seu marido, é político e precisa passar a imagem da “família perfeita”, de modo que acaba por colocar seus sonhos em segundo plano, para não desagradar o esposo.

Para fechar o quarteto, Thereza (Mel Lisboa), cunhada de Lígia, jornalista, feminista, tem como objetivo mostrar que mulheres pertencem ao ambiente de trabalho e podem ter as mesmas oportunidades que os homens. Para isso, contrata a jovem Helô (Thaila Ayala), aspirante a repórter que muito a admira, o que resulta em uma relação de bastante aprendizado, tanto pessoal quanto profissional.

Juntas, as quatro irão se ajudar para que cada uma tenha força e consiga conquistar seu objetivo, tudo isso em sete episódio e ao som de muita bossa nova. Nesse sentido, o ponto forte da produção é, justamente, a química entre as quatro atrizes protagonistas. Em tela, fica clara a sintonia entre elas, o que só ajuda o desenvolvimento das personagens, que irão se descobrir nessa amizade no decorrer do seriado.

Com um final aberto, a renovação ainda é incerta, mas fica aqui a torcida para que o streaming continue contando a história de um Rio de Janeiro em constante mudança.