Chegamos à nossa quinta parte (confira também as partes I, II, III e IV) de sugestões de alguns livros que abordam o universo cinematográfico para te ajudar a passar o tempo em casa. Até aqui, já vimos obras de referência, dicionários, ensaios, biografias e watch lists. Dessa vez, destacaremos alguns trabalhos que falam sobre o – riquíssimo – Cinema brasileiro.
Boas leituras e #ficaemcasa!
História do Cinema brasileiro
Organizado por Fernão Ramos, o livro traça um detalhado panorama da produção cinematográfica nacional, desde os primórdios durante a belle époque nos anos 1920, até o final da década de 1980. Para os que desejam uma versão mais recente, a obra recebeu uma edição atualizada lançada em 2018, intitulada Nova História do Cinema Brasileiro.
Brasil em Tempo de Cinema
Autor também presente na parte II de nossa seleção, o crítico Jean-Claude Bernadet se debruça sobre a produção tupiniquim das décadas de 1950 e 1960 para compreender de forma crítica como as produções da época dialogaram com o contexto do país, em especial o Cinema Novo.
O Cinema da Retomada – Depoimentos de 90 cineastas dos anos 90
Os anos 1990 trouxeram importantes novidades para a cultura cinematográfica do Brasil, como a Lei do Audiovisual e novas abordagens. Muitos nomes hoje consagrados atuaram nesse período, e a obra de Lúcia Nagib foca nesse importante momento, no qual cineastas de diferentes regiões e tendências procuraram, através de seus filmes, entender a nação.
Documentário no Brasil: Tradição e Transformação
Na nossa parte IV mencionamos alguns livros que abordam o documentário, e aqui vale menção à coletânea organizada por Francisco Elinaldo Teixeira, que se dedica a um tema – infelizmente – ainda pouco explorado na literatura especializada: o documentário nacional. Contando com uma equipe de doze colaboradores, disseca cerca de oitenta anos da produção documental no Brasil. É um dos pioneiros no assunto.
A Ponte Clandestina – Teorias de Cinema na América Latina
Assim como o brasileiro, o Cinema latino-americano é rico, multifacetado, plural e encantador. Através de filmes da região das décadas de 1950 e 1960, José Carlos Avellar investiga como cineastas locais utilizaram suas câmeras para abordar as questões mais urgentes do período. Mais do que analisar como cada criador fez essa investigação, Avellar estuda os diálogos que os artistas estabeleceram entre si, não apenas através das obras, mas também de manifestos e debates.
Historiador que acredita que a vida fica mais fácil quando vamos ao cinema.
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