Dez ótimos filmes de 2016 que você provavelmente não assistiu

É relativamente comum focarmos em filmes que estão em destaque nos meios de comunicação pela alta publicidade e pelo grande apelo do público casual, porém dentro desse nicho, há excelentes filmes que poucas pessoas falaram sobre e merecem totalmente a sua atenção. Selecionamos dez belos filmes de 2016 que você provavelmente não assistiu.

10. Mulheres do Século 20 (Direção: Mike Mills)

Situado nos anos 70, ‘Mulheres do Século 20’ aborda sobre 3 mulheres, ambas com personalidades fortes buscam maneiras de educar o filho de Dorothea (Annete Benning) Jamie (Lucas Jade Zumann) cada uma com sua peculiaridade. Mills encontrar a linha tênue na direção do longa, o roteiro – indicado ao Oscar de roteiro original em 2017, é tratado com extrema sensibilidade e há um forte desenvolvimento dos personagens, aliados ao excelente design de produção e fotografia.

9. Blue Jay (Diração: Alexandre Lehmann)

Temos aqui um forte exemplo de como projetar um filme com elenco formado, basicamente por apenas dois atores – Mark Duplass e Sarah Paulson encenando momentos de conforto e de extremo pesar na frente do espectador, criando fortes e brilhantes circunstâncias de desabafos e luto. Blue Jay é uma bela obra de amor e de arrependimento.

*Filme Original Netflix.

8. Loving (Direção: Jeff Nichols)

Um ótimo de filme sobre o amor proibido, só que desta vez, por motivos raciais. Loving aborda sobre um casal interpretado por Joel Edgerton (Richard) e Ruth Negga (Mildred) – indicada a melhor atriz no Oscar 2017, que se amam incondicionalmente, mas esse amor é proibido devido ao fato dos dois tentarem se casar após Mildred descobrir que está grávida, contudo, o casamento é negado pelo condado da Virginia que não tolera o relacionamento inter-racial, desta forma, Richard e Mildred são exilados dos estados e buscam formas de voltar a cidade natal e lutar pelos direitos.

7. Jovens, Loucos e mais Rebeldes (Direção: Richard Linklater)

Lembram de ‘Jovens, loucos e rebeldes’ de 93? Richard Linklater criou um revival nos moldes do filme dos anos 90, só que agora ele foca nos três dias que antecedem o começo das aulas na universidade e também em um grupo de adolescentes que tentam curtir ao máximo o seu restante de férias. Linklater transita no cenário de maneira coesa, os jovens invadem uma variedade de espaços, indo do Punk até a música disco. ‘Jovens, loucos e mais rebeldes’ trata o momento com respeito e leva nossas mentes ao delírio com tamanha nostalgia.

6. Sing Street (Direção: John Carney)

Situado nos anos 80 em Dublin, Irlanda, Conor (Ferdia Walsh-Peelo) é forçado a mudar de escola devido a crise familiar e acaba encontrando nela o que supostamente seria o amor de sua vida, a jovem Ralphina (Lucy Boynton) e a forma que ele busca para atraí-lá é formando uma banda. John Carney nos prestigia com tanta nostalgia que durante a projeção, ouvimos músicas das bandas Duran Duran, The Cure, Daryl Hall and John Oates, Motorhead e The Jam fazendo o expectador realmente entrar naquele universo, além do ótimo design de produção e elenco carismático, Sing Street tem suas músicas autorais que agregam a trama. Se você é daqueles que amam os anos 80, Sing Street é uma obra obrigatória.

5. A Incrível Aventura de Rick Baker (Direção: Taika Waititi)

O talentoso diretor neozelandês Taika Waititi escreve e dirige o longa ‘A Incrível Aventura de Rick Baker’ filme que relata sobre Rick Baker (Julian Dennison), um jovem órfão rebelde que não consegue se encaixar em nenhuma família, sendo obrigado a ser adotado por um casal no interior da Nova Zelândia. Nisso, Baker adiciona alegria na sua nova família. A trama e personagens podem soar semelhantes ao da animação UP: Altas Aventuras de 2009, porém Waititi sabe como dosar o humor e a carga dramática ao mesmo tempo, isso com a ajuda do elenco operante e com os ótimos temas a respeito da amizade, sobrevivência e fidelidade.

4. A Criada (Direção: Park Chan-wook)

Baseado no livro britânico de 2002 Fingersmith, Park Chan-wook, famoso pelo aclamado filme coreano Oldboy, troca a violência pelo erotismo no seu longa ‘A Criada’. Count Fujawara (ha jung-woo) descobre que existe uma família com uma grande herança, para roubá-la, ele pede ajuda para Sook-Hee (Kim Tae-ri) que se candidata a uma vaga de criada na casa da nobre família, porém Sook acaba criando um forte vínculo com Lady Hideko (Kim-Min-hee) e as coisas começam a sair dos trilhos.

Mais uma obra espetacular na maneira de como Park Chan-wook durante toda a projeção manipula o espectador, além de ser um filme totalmente completo com trilha sonora, figurino, design de produção, roteiro e elenco irretocável. ‘A Criada’ vai te surpreender do começo até o fim entregando um dos melhores filmes estrangeiros da década.

3. A Tartagura Vermelha (Direção: Michaël Dudok de Wit)

Animação franco-belga-japonês produzida com o apoio do aclamado Studio Ghibli, ‘A Tartaruga Vermelha’ é uma animação muda, contudo dirigida com muita sabedoria, pois aborda sobre o existencialismo de forma genuína, além disso, fala sobre amor, compreensão, despedidas e sobrevivência. Uma jornada deslumbrante de um homem que sobrevive a ilha deserta, mas que nela encontra o seu verdadeiro lar.

2. Capitão Fantástico (Direção: Matt Ross)

‘Capitão Fantástico’ marca a espetacular jornada de Ben (Viggo Mortensen) – indicado ao Oscar de Melhor ator em 2017, e seus filhos para ir ao velório de sua mãe. Durante a jornada, seus filhos são expostos ao mundo real, já que foram criados como selvagens –  bem cultos, por sinal, entretanto sem nenhum contato com o comum. O longa aborda sobre até que ponto a superproteção e os ideais paternos são o suficiente para proteger os filhos contra a própria vida.

1.Elle (Direção: Paul Verhoeven) 

Michele Leblanc (Isabelle Hupert) – Indicada ao Oscar de melhor atriz em 2017,  é uma produtora de Videogame bem sucedida, contudo é estuprada em sua casa, após o ocorrido, Michele tenta descobrir quem é o agressor. Paul Verhoeven (Robocop) dirige possivelmente a obra de sua carreira no filme francês Elle. As camadas que a brilhante atriz Isabelle Hupert cria é algo assustador, você nunca consegue captar o que a personagem pensa, graças ao tom minimalista e tenso do filme. Elle é um filme ousado e as vezes difícil de assistir, é incômodo e te deixará surpreso com uma conclusão arrebatadora.