Crítica | Thor: O Mundo Sombrio (Thor: The Dark World) [2013]

Nota do Filme:

Após os eventos de Os Vingadores Thor (Chris Hemsworth) leva Loki (Tom Hiddleston) de volta à Asgard, que celebra as últimas batalhas pela pacificação dos Nove Reinos, onde será penalizado com a prisão perpétua. É hora de coroar um novo rei, mas uma ameaça ancestral ressurge, Malekith (Christopher Eccleston) rei dos Elfos Negros, uma raça que foi subjugada há 5 mil anos por Bor, pai de Odin, e que se acreditava extinta.

Thor: O Mundo Sombrio é melhor do que o primeiro em quase tudo, mas isso, infelizmente, não significa muito. O filme expande o Universo Marvel e explora melhor Asgard, sua cultura, seu povo e a arquitetura da cidade – ponto mais forte da direção de arte. Mas outra vez não consegue equilibrar a trama entre o que se passa no espaço e na terra, sendo esta muito menos interessante do que aquela.

Além disso, a ligação que se dá entre as tramas, que obviamente envolve novamente a personagem Jane Foster (Natalie Portman), é pura preguiça de roteiro, o que poderia ser melhor relevado pelos expectadores se não fosse feito de modo tão enfadonho e genérico.

Por falar em enfadonho, o filme tem um ritmo lento e o tempo se arrasta pelos primeiros 60 minutos do enredo que só realmente engata quando Thor resolve iniciar uma caçada aos elfos, o que culmina com a inserção de Loki na trama, que mais uma vez rouba a cena e perigosamente ofusca o protagonista.

Em termos de Universo Cinematográfico, é inegável a importância de mundo sombrio para que Loki abandone o posto de vilão e comece a ganhar seu posto de de anti-herói mais querido do estúdio, caminho o qual provavelmente não foi previamente pensado pelo executivos em sua concepção,  mas foi uma transformação orgânica e independente devido a reação que causou ao público.

É impossível portanto, não compará-lo ao vilão Malekith que, obviamente, perde muito em carisma, mas parece muito mais ameaçador do que o deus da trapaça (em relação ao primeiro Thor e não a Vingadores, ao menos) ainda que suas intenções sejam as mais batidas e genéricas possíveis.

Tem-se que Thor: O Mundo Sombrio foi uma peça importante para a expansão do universo cósmico da Marvel e para o que então ficaria conhecido como Saga do Infinito, ao apresentar mais uma das joias, peças centrais para sua trama, porém não trouxe grandes novidades em termos de linguagem e construção de personagem. Um filme mediano, mas que entretém, embora seja difícil conter algumas espiadas no relógio.