Crítica | Pequena Grande Vida (Downsizing) [2017]

Um projeto que se propõe a diminuir o impacto ambiental, causado pelas irresponsáveis ações humanas, finalmente consegue o resultado almejado: um procedimento que reduz uma pessoa até pouco mais de 12 centímetros. Consequentemente, diminuindo a exploração de recursos naturais e produção de resíduos.
Habitantes de todo o planeta recebem a noticia admirados, inclusive Paul Safranek (Matt Damon), um terapeuta ocupacional, enfrentando problemas financeiros, enquanto sua esposa deseja se mudar para uma casa maior.

Após alguns anos, ao reencontrar um antigo colega de escola – que passou pelo procedimento e agora é um “pequeno”, Paul é convencido a fazer uma visita à Lazerlândia, uma comunidade para pequenos. Durante a entrevista de aptidão ao encolhimento, os benefícios são apresentados ao casal: as dividas que possuem no mundo grande são esquecidas e convertendo os valores possuídos à situação econômica da pequena cidade os torna milionários.

Escrito e dirigido por Alexander Payne, elogiado por suas sátiras à sociedade moderna, em parceria com Jim Taylor, Pequena Grande Vida tem uma conceito interessante sobre a ilusão de que sempre haverá tempo para salvar o planeta, até que não haja.

Indicada ao Critics’ Choice Awards e Globo de Ouro pelo papel, a atriz Hong Chau entrega uma ótima personagem que carrega grande parte do drama e da comédia no filme, entre as atuações bem normais do restante do elenco, que além de Damon, conta com Christoph Waltz, Kristen Wiig e Udo Kier. Com mais de duas horas de duração, Pequena Grande Vida tinha potencial, mas se arriscou ao apresentar questões sociais. Não é ruim, conseguiu entregar a ideia proposta inicialmente, mas não desenvolveu importantes temas secundários que expôs, como a desigualdade social, e por fim pegou o atalho da comédia romântica.

Pequena Grande Vida estreia em 22 de fevereiro nos cinemas brasileiros.