Crítica | Missão: Impossível – Efeito Fallout (Mission: Impossible – Fallout) [2018]

É unânime, caso seja perguntado a maioria dos cinéfilos, que entre os filmes com temas de espionagem, o primeiro filme da franquia Missão Impossível seja lembrado por muitos como um dos clássicos do gênero. Em 1996, Brian de Palma nos entregou um filme grandioso, anos se passaram e suas sequências foram nos entregando filmes bons – Principalmente após o terceiro filme, dirigido pelo J.J Abrams – e um Tom Cruise desafiando a si próprio em cada interpretação vivida pelo personagem dele, Ethan Hunt.

O mais caro e longo filme da franquia Missão: Impossível – Efeito Fallout é, sem dúvidas, o melhor filme da franquia. Diria, inclusive, que é um dos melhores filmes de ação dos últimos anos. E isso é ótimo, porque quebra o preconceito – de pessoas ignorantes – que acham que filme de ação é mais do mesmo. Amigos amantes da 7ª arte: Esse filme é um absurdo. É Maravilhoso.

A trama envolve Ethan Hunt (Tom Cruise) e seus companheiros Luther Stickell (Ving Rhames) e Benji Dunn (Simon Pegg) buscando evitar uma ameaça nuclear ao mesmo tempo em que tenta impedir a fuga do líder terrorista Solomon Lane – O vilão do filme anterior – da prisão. Repleto de reviravoltas e maravilhosas cenas de ação (que realmente são de tirar o fôlego do telespectador).

Esse sexto capítulo da franquia, diria que, com certeza, foi um filme entregue para os fãs. O diretor, Christopher McQuarrie – que dirigiu o último filme -, trás, não só apenas referências dos filmes anteriores, como também personagens. Nesse filme temos o retorno da agente Ilsa Faust (Rebecca Ferguson), o vilão Solomon Lane (Sean Harris) e a ex-esposa de Ethan, Julia, vivida por Michelle Monaghan. Além de incluir personagens novos que tem papéis fundamentais na trama, como a Viúva Branca (Vanessa Kirby) – filha da vilã Max do primeiro filme – e do agente duplo August, vivido e interpretado de forma excelente por Henry Cavill.

De elenco ótimo, com excelentes atuações, Missão: Impossível – Efeito Fallout, merece destaque para outros fatores. McQuarrie, mesmo tendo apenas quatro filmes em seu currículo de diretor, entrega sequências maravilhosas e planos de ação que realmente emocionam sendo vista em uma tela IMAX, tudo isso, é claro, são méritos da excelente fotografia de Rob Hardy que filma belíssimas paisagens em Paris e na Caxemira. Outro que faz um papel importante e merece aplausos é o compositor Lorne Balfe, que nos entrega uma excelente trilha sonora. Ah, por último e mais importante: Tom Cruise. Aos seus 56 anos ele brilha no papel de Ethan Hunt, com suas acrobacias absurdas, ainda mais tendo conhecimento que ele não utiliza dublês. O roteiro, em sua complexidade emocional, também nos trás cenas em que Cruise mostra o quanto é um ator ótimo, consolidado em mais de três décadas de carreira em Hollywood. Tudo isso, nos emociona e faz com que Efeito Fallout seja um grande filme do gênero de Ação, o melhor do ano até então e um dos melhores da década.

A última pergunta que me fica na cabeça é: Qual será a próxima missão de Ethan Hunt?