É unânime, caso seja perguntado a maioria dos cinéfilos, que entre os filmes com temas de espionagem, o primeiro filme da franquia Missão Impossível seja lembrado por muitos como um dos clássicos do gênero. Em 1996, Brian de Palma nos entregou um filme grandioso, anos se passaram e suas sequências foram nos entregando filmes bons – Principalmente após o terceiro filme, dirigido pelo J.J Abrams – e um Tom Cruise desafiando a si próprio em cada interpretação vivida pelo personagem dele, Ethan Hunt.
O mais caro e longo filme da franquia Missão: Impossível – Efeito Fallout é, sem dúvidas, o melhor filme da franquia. Diria, inclusive, que é um dos melhores filmes de ação dos últimos anos. E isso é ótimo, porque quebra o preconceito – de pessoas ignorantes – que acham que filme de ação é mais do mesmo. Amigos amantes da 7ª arte: Esse filme é um absurdo. É Maravilhoso.
A trama envolve Ethan Hunt (Tom Cruise) e seus companheiros Luther Stickell (Ving Rhames) e Benji Dunn (Simon Pegg) buscando evitar uma ameaça nuclear ao mesmo tempo em que tenta impedir a fuga do líder terrorista Solomon Lane – O vilão do filme anterior – da prisão. Repleto de reviravoltas e maravilhosas cenas de ação (que realmente são de tirar o fôlego do telespectador).
Esse sexto capítulo da franquia, diria que, com certeza, foi um filme entregue para os fãs. O diretor, Christopher McQuarrie – que dirigiu o último filme -, trás, não só apenas referências dos filmes anteriores, como também personagens. Nesse filme temos o retorno da agente Ilsa Faust (Rebecca Ferguson), o vilão Solomon Lane (Sean Harris) e a ex-esposa de Ethan, Julia, vivida por Michelle Monaghan. Além de incluir personagens novos que tem papéis fundamentais na trama, como a Viúva Branca (Vanessa Kirby) – filha da vilã Max do primeiro filme – e do agente duplo August, vivido e interpretado de forma excelente por Henry Cavill.
De elenco ótimo, com excelentes atuações, Missão: Impossível – Efeito Fallout, merece destaque para outros fatores. McQuarrie, mesmo tendo apenas quatro filmes em seu currículo de diretor, entrega sequências maravilhosas e planos de ação que realmente emocionam sendo vista em uma tela IMAX, tudo isso, é claro, são méritos da excelente fotografia de Rob Hardy que filma belíssimas paisagens em Paris e na Caxemira. Outro que faz um papel importante e merece aplausos é o compositor Lorne Balfe, que nos entrega uma excelente trilha sonora. Ah, por último e mais importante: Tom Cruise. Aos seus 56 anos ele brilha no papel de Ethan Hunt, com suas acrobacias absurdas, ainda mais tendo conhecimento que ele não utiliza dublês. O roteiro, em sua complexidade emocional, também nos trás cenas em que Cruise mostra o quanto é um ator ótimo, consolidado em mais de três décadas de carreira em Hollywood. Tudo isso, nos emociona e faz com que Efeito Fallout seja um grande filme do gênero de Ação, o melhor do ano até então e um dos melhores da década.
A última pergunta que me fica na cabeça é: Qual será a próxima missão de Ethan Hunt?
Ama o cinema desde que era uma criança quando, ao brincar com seus gibis da Turma da Mônica, os imaginava como se fossem pequenas fitas VHS de uma locadora de vídeo.
Correspondente das Cabines de Imprensa de Recife-PE.