O novo filme de Steven Soderbergh, A Lavanderia, está rendendo assunto nos tribunais. A história fala sobre os escândalos dos “Documentos do Panamá”, um conjunto de 11,5 milhões de documentos confidenciais de autoria da sociedade de advogados panamenha, a Mossack Fonseca, todos vazados posteriormente.
Na última quarta-feira (16), um escritório de advogacia da Cidade do Panamá tentou impedir o lançamento do original Netflix, programado para essa sexta (18), com uma ação no tribunal federal de Connecticut. Isso porque, Jürgen Mossack e Ramón Fonseca, envolvidos no escândalo dos “Documentos do Panamá”, acusaram o filme de ser difamatório e que seu lançamento afetaria o processo criminal.
Mas, de acordo com a Variety, a juíza Janet Bond Arterton se recusou a emitir a liminar para impedir o lançamento de A Lavanderia e transferir o caso para a Califórnia. Segundo ela, o tribunal de Connecticut não tem jurisdição sobre o assunto.
A Netflix emitiu um comunicado a imprensa americana e se referiu ao processo como frívolo, acusando os advogados de censura:
“Esse processo foi um golpe legal frívolo, projetado para censurar a expressão criativa. O filme de Steven Soderbergh conta uma história importante sobre a exploração de pessoas inocentes e o mau uso do sistema financeiro mundial. Felizmente, agora você pode assistir ‘A Lavanderia’ – o filme que Mossack e Fonesca tentaram censurar – na Netflix”
Por fim, A Lavanderia já está disponível na Netflix. O filme é estrelado por Meryl Streep, uma viúva que investiga sozinha a fraude no mercado de seguros até chegar a dupla de advogados Jürgen Mossack (Gary Oldman) e Ramón Fonseca (Antonio Banderas).
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Jornalista amante do cinema e fã do Homem-Aranha. Completamente incapaz de escolher um diretor preferido, mas me dá uma taça de vinho que a gente pode conversar.