Sabe aquele filme despretensioso, que você vai assistir por curiosidade ou por pura vontade de gastar o tempo e que no decorrer dele vai se tornando uma experiencia fantástica, que te prende do inicio ao fim por conta da temática e do enredo? Então, Capitão Fantástico é esse tipo de filme, ou foi pelo menos para mim.
A melhor definição dele seria falar que é uma mistura de Na Natureza Selvagem com Pequena Miss Sunshine, não há forma melhor de descrever o filme. (Fica a indicação desses pra quem não viu)
No geral, seria a historia de um pai e uma mãe que vivem na floresta, criando seus seis filhos, ensinando-os sobre tudo, não sendo intoxicados por todo contexto do mundo exterior. Quando eu digo tudo é tudo mesmo, desde sobrevivência na mata até física quântica. E a historia vai se desenrolando a partir do momento em que a mãe deles se ausenta, forçando uma situação que fará a família sair da mata.
Viggo Mortensen, o eterno Aragorn, da vida ao pai com uma performance cativante, que faz com que você sempre torça por ele e pelos filhos, gerando diversos momentos divertidos no filme. A atuação dele foi tão interessante que ele recebeu uma indicação para o prêmio de Melhor Ator no Independent Spirit Award.
Exibido no Festival de Sundance e na mostra Un Certain Regard do festival de Cannes, ganhando o premio de Melhor Diretor para Matt Ross (que ainda escreveu o longa), Capitão Fantástico é um prato cheio para todos que se encantaram com a jornada da pequena Olive ou sentiram a mesma liberdade que Christopher McCandless/Alexander Supertramp.
Além disso, o filme possui uma ótima fotografia e uma trilha sonora que é um show a parte. E no final do filme ainda possui uma cena icônica de uma releitura de Sweet Child O’Mine.
Enfim, é um filme que pode (ou não) chegar ao Oscar, com estréia programada para dezembro no circuito nacional, contando uma excelente historia, cativante do inicio ao fim, que não irá decepcionar nenhuma pessoa que tenha esse apego a liberdade e a uma vida minimalista.
Apaixonado por cinema, amante das ciências humanas, apreciador de bebidas baratas, mergulhador de fossa existencial e dependente da melancolia humana.