Review Punho de Ferro

Mais um ano se passou e a Netflix, com a parceria firmada com a Marvel nos entregou a última série de super-herói antes da aguardada Defensores: Punho de Ferro ou Iron Fist. Com ela encerra-se a última promessa do acordo, e o resultado não é tão bom quanto o aguardado.

Punho de Ferro tem seus pontos positivos e, em destaque seus pontos negativos, sendo a série mais irregular até o momento da parceria, conseguindo ser a mais confusa até o momento.

Divulgação/Netflix

Possuindo um potencial enorme, mas mal aproveitado, a série peca primeiramente por não conseguir definir um antagonista principal para ser o fio condutor da história, sendo que possuía personagens para isso, vide Harold Meachum (interpretado otimamente por David Wenham). E, com o mal desenvolvimento do personagem, acaba por influenciar outros, que são seus filhos, Joy e Ward Meachum. Sendo que, Joy é um dos personagens mais confusos durante a série, pois nunca sabemos de que lado ela está, não sendo demérito do espectador, e sim do roteiro, por fazer ela ter uma personalidade em um episódio e muda-lá completamente em outro. Ward é pior ainda, por não ser nenhum pouco carismático e apenas crescer no final da temporada.

Além disso, o protagonista é bastante bipolar, contando uma história em que passou por um treinamento de 15 anos para controlar a razão e emoção de seus atos, sendo que em vários momentos acaba agindo irracionalmente, ingenuamente ou tendo vários surtos lembrando de seu passado, o que acaba por influenciar o entendimento sobre ele.

Divulgação/Netflix

Contudo, a série consegue ter pontos positivos, ainda mais para os fãs dos filmes asiáticos da década de 70, com várias lutas exageradas que utilizam das várias manobras aéreas acostumadas a se ver em um filme do Bruce Lee. Apesar de não ser um Kill Bill, por exemplo, as coreografias satisfazem os fãs do gênero.

E, apesar do passado do protagonista ser um dos pontos que deixa a história curiosa, acaba por não ser muito bem explorada, mostrando apenas relances, sendo que quando decide aprofundar nesse quesito, falha por mostrar muito pouco sobre aonde foi o lugar que ele treinou, todos que conviviam com ele e como ele adquiriu o punho de Led, digo,  de ferro.

Divulgação/Netflix

Entretanto, apesar dos personagens mal desenvolvidos, tem-se em destaque Colleen Wing (Jessica Henwick, de Game of Thrones) que acaba por se tornar a personagem mais bem construída, mostrando sua história e sua motivação que movem ela no decorrer da narrativa, o que faz o espectador torcer por seu sucesso.

Divulgação/Netflix

Ainda sim, apesar de todos os deméritos da série, a falha crucial é não conseguir fazer a ligação com a série dos Defensores, última produção firmada entre as empresas, que reúnem os quatro super-heróis para combater a ameaça, como se fosse uma espécie de Vingadores, só que para televisão e se passando em Nova York.

Logo, apesar da crítica internacional ter apontado as falhas da série, vale a pena que cada um tire suas próprias conclusões sobre a mesma, apesar de ser visível a ruindade dela comparada com Demolidor ou Jessica Jones. Luke Cage acaba por se tornar incomparável nesse caso pois é muito arrastada, apesar de possuir antagonistas melhores e mais desenvolvidos que Punho de Ferro.