“Onde quer que você esteja, você não está sozinho”. Assim começa a vinheta do programa da Rádio Cidade Aberta, destinado a ajudar pessoas a encontrarem amigos e familiares desaparecidos. “Onde quer que você esteja” é o nome do programa, bem como do longa brasileiro que conta a vida de quem busca alguém perdido.
Na sala de espera da estação de rádio, histórias diferentes se entrecruzam, mas todas com algo em comum: a dor da separação. Seja por opção de quem foi, ou por algum incidente, todos procuram por alguém que sumiu. O longa, primeiro de ficção da dupla Bel Bechara e Sandro Serpa, foi inspirado por uma notícia de jornal que divulgava o programa de rádio colombiano “Em busca da liberdade perdida”, porta-voz de mensagens a familiares sequestrados.
O filme foi rodado primeiramente como um curta, em 2003, conquistando quatro categorias no Festival Guarnicê de Cinema do Maranhão. Sabrina Greve foi nomeada Melhor Atriz Coadjuvante, assim como Dagoberto Feliz, na categoria masculina. Além disso, a trilha sonora de André Abujamra e Eron Guarnieri também foi premiada.
Pôster do curta-metragem Onde quer que você esteja (2003) – Foto: Reprodução 
Pôster do longa-metragem Onde quer que você esteja (2018) – Foto: Reprodução
Agora, revisitado, o longa continua a narrar o encontro entre Lúcia (Débora Duboc) e Waldir (Leonardo Medeiros), com alguns acréscimos. Às suas histórias, se somam outras, como a de Ana Maria (Gilda Nommace), que tenta contato com sua filha Aurora. Ou a do casal (Brenda Ligia e Rafael Maia), que busca por seu filho de sete anos.
A nova versão foi exibida no 13º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, em julho de 2018. Mas ainda há tempo de ser vista (ou revista), pois a produção da Macondo Filmes será lançada comercialmente em 3 de outubro, com distribuição da Boulevard Filmes.