Com o intuito de começar 2018 com o pé direito, a Stream Netflix estreou no último dia 29 a série original A Louva-a-Deus. Este com o intuito de produzir cada vez mais material autoral, tem retirado de seu catalogo produções de demais canais e ampliando o seu conteúdo próprio. Tal ação da Stream está trazendo uma diversidade de conteúdo oriundos de diversos países, além das produções autorais americanas já consagradas, lembremos que na Ásia, Europa, e América do Sul existe uma crescente produção de matérias autorais que a Netflix gradativamente disponibiliza nas demais áreas de cobertura.
La Mante, ou em português brasileiro A Louva-a-Deus, é de direção de Laurent Alexandre, e estrelado por Carole Bouquet, Fred Testot, Élodie Navarre, Frédérique Bel, Jacques Weber e grande elenco. A Série é a história de um serial killer que se baseia no estilo copycat de uma famosa serial killer dos anos 90 já presa, chamada de a Louva-a-Deus. Os crimes da Louva-a-Deus ficaram famosos pela forma cruel que os mortos eram encontrados, fazendo paralelo como a fêmea do louva-a-Deus trata seus parceiros. As vítimas eram todos homens que agiam de abuso e/ou violência familiar, assim, como uma espécie de “justiceira” a Louva-a-Deus caçava suas vítimas e assassinava a elas da forma mais cruel e miserável possível. Na atualidade novos crimes seriais estão acontecendo, todos os crimes estão fazendo louvação a imagem da Louva-a-Deus repetindo as mortes em caráter bem singulares, com a notícia das mortes a assassina condenada Louva-a-Deus oferece seus serviços ao antigo chefe de polícia que a prendeu, solicitando somente uma condição, a que seu filho fosse o único mediador desta investigação ao serial killer imitador da Louva-a-Deus.
Com o total de 6 episódios e uma média de 55 minutos a 60 minutos de duração, a série atrai elementos que corriqueiramente já encontramos em outras tramas do gênero, o que acaba não sendo muito inovador, assim como pouco aproveitamento do roteiro da trama o que ocasionalmente diminui o ritmo da série quando ela mais está empolgando o telespectador. Porém, La Mante deixa claro que não é somente mais uma série de serial killer, as entrelinhas da obra chamam a atenção do seu discurso Até aonde vai o amor e sentimentos de proteção dá mãe para o filho?, a Louva-a-Deus deixa claro que não existe tal limites. Além de ser uma série que apresenta como foco e título principal da obra uma personagem feminina, a Louva-a-Deus é condenada por matar e assumir a autoria de 8 assassinatos brutais todos eles a homens que violentavam mulheres e/ou crianças, onde em seus assassinatos ela percebia que estava fazendo um favor a humanidade expurgando-a de criaturas assim. Na trama podemos perceber que o fato da Louva-a-Deus ajudar a prender o seu copiador é somente um pretexto para rever o seu filho do qual não o via desde sua infância quando ela foi presa. A reaproximação entre mãe e filho acaba que trazendo lembranças que o telespectador só consegue unir as peças literalmente nos últimos minutos do último episódio, ou seja a série consegue lhe prender do começo ao fim. Entre os enlaces dos assassinatos e o constante suspense da trama, questões familiares mal resolvidas, o amor de mãe para filho, os porquês das mortes estão nas entrelinhas da trama.
A série não discorre para uma continuação, de fato nem seria necessário ela é uma obra completa. Sua história é objetiva e conclusiva, para aqueles que gostam de assistir uma trama e não aguentam esperar uma próxima temporada, ou uma temporada muito longa pode assistir a Louva-a-Deus da Netflix sem maiores problemas.
Um Historiador, Nerd, futuro roteirista de Quadrinhos e um escritor em desenvolvimento.