Uma das temáticas mais abordadas no cinema é a dos filmes de época, onde grandes figurinos, fotografia e histórias clássicas da literatura são utilizados como base para a obra cinematográfica.
Sempre ficamos na dúvida do que ver quando procuramos filmes desse gênero, muito por causa das várias obras que existem, então, pensando nisso, fiz uma lista de quatro obras que servem para todos os tipos de público, aqueles que buscam algo mais artístico e aqueles que buscam apenas se entreter com uma projeção.
Anna Karenina, 2012
Baseado na obra de Liev Tolstoi, “Anna Karenina”, dirigido por Joe Wright conta a história de uma mulher (Anna, interpretada por Keira Knightley) que é casada com um funcionário russo de alta patente, até que ela se apaixona pelo Conde Vronsky, iniciando um caso com o jovem rapaz.
A projeção é inteligente em fazer uma adaptação fiel da obra clássica literária, conseguindo transpor para as telas as qualidades que fizeram o romance ser o que é: profundidade em seus personagens, estudos sobre como a alta sociedade afeta a baixa sociedade (e vice versa), e como a mulher sempre teve que lutar por tudo o que deseja fazer, inclusive amar.
Orgulho e Preconceito, 2005
Também dirigido por Joe Wright, o filme conta a história de Elizabeth Bennet, também representada por Keira Knightley, uma moça que quando é apresentada ao Sr.Darcy – interpretado por Matthew MacFadyen – pelos pais, inicialmente sente repulsa pelo homem, mas isso muda rapidamente.
Feito com base no livro de autoria de Jane Austen – obra que leva o mesmo nome – a projeção também consegue passar para a telona as maiores qualidades do romance, a relação de Elizabeth com as suas irmãs e como por ser a filha mais velha, sofre pressão para ser a primeira a se casar.
Casanova, 2005
Dirigido por Lasse Hallstrom, a obra conta a história de um sedutor chamado Casanova (personagem de Heath Ledger) que gosta de conquistar o sexo oposto apenas para se divertir as custas disso, sem nenhum outro objetivo, até que o homem se apaixona por Francesca Bruni (Sienna Miller), pois esta rejeita todas as suas tentativas.
A obra é inteligente ao evocar as conquistas do jovem usando de diálogos e de boas atuações, não para ilustrar sua história, mais, e principalmente para construir todo um ambiente, expondo a luxuria que naquela época tinha certa abrangência no mundo dos ricos, abrangência que era diferente daquelas que os pobres viviam naquele momento.
Maria Antonieta, 2006
Dirigido por Sofia Coppola, o filme conta a história de Maria Antonieta (representada por Kirsten Dunst), que ainda adolescente, é enviada pela sua família para se casar com Luís XVI, que se tornaria, pouco tempo depois, o rei da França.
A projeção se mostra perspicaz ao expor as transformações pelas quais a personagem passa, já que vemos não apenas uma transição de mulher do herdeiro para rainha da França, mas também a passagem de adolescente para adulta. Fora que as frivolidades que a rainha gostava de praticar são muito bem montadas, graças a um design de produção e a uma direção de arte que são admiráveis.
Formado em Jornalismo e apaixonado por cinema desde pequeno, decido fazer dele uma profissão quando assisti pela primeira vez a trilogia “O Poderoso Chefão” do Coppola. Meu diretor preferido é Ingmar Bergman, minhas críticas saem regularmente aqui e no assimfalouvictor.com