A diretora francesa/Belga Agnés Varda, conhecida por ser figura icônica do movimento Nouvelle Vague, morreu na noite de ontem (28) aos 90 anos de idade devido a complicações de câncer. A notícia foi divulgada pela AFP (Agence France Press).
A família fez um comunicado oficial: ”A diretora e artista Agnès Varda morreu em sua casa na noite de quinta-feira, 29 de março, de complicações do câncer. Ela estava cercada por sua família e amigos.’‘
Varda nasceu na Bélgica em 1928, mudando-se para Paris para estudar na Sorbonne. Seu plano inicial era se tornar uma fotógrafa, e ela ganhou um lugar na elite École des Beaux-Arts. Depois de trabalhar como fotógrafa, Varda começou a fazer filmes em 1955, estreando com La Pointe Courte, que aborda sobre a viagem de um casal em Sète, a cidade francesa onde passou parte da própria infância.
Ela então fez uma série de curtas-documentários antes de finalizar seu trabalho mais famoso em 1962: Cléo de 5 à 7, um estudo experimental em tempo real de um cantor esperando para saber o resultado de um exame médico. Cleo consolidou a posição de Varda como a principal nome feminino da Nouvelle Vague.
Varda recebeu Oscar Honorário em 2017 pelo Conjunto da Obra e recebeu uma indicação ano passado pelo documentário Face Places, se tornando a pessoa mais velha a ser indicada ao prêmio, porém perdeu para Icarus.
A diretora deixa dois filhos.
Carioca da gema e Jornalista. Completamente apaixonado pela filmografia de David Lynch e Paul Thomas Anderson. Nas horas vagas, costumo assistir filmes da Criterion Collection ou da A24, além da vasculhar discografias de Indie Rock e Alternativo.