Pergunte para dez pessoas de diversas idades e lugares qual o super-herói favorito delas. Provavelmente, metade das respostas será Batman. Mesmo com a popularidade de Homem-Aranha, Superman e Homem de Ferro, o Morcego criado em 1939 por Bob Kane e Bill Finger (polêmicas sobre autoria a parte) é o queridinho do público. O sucesso do Cavaleiro das Trevas deve muito aos cinemas. Com oito filmes produzidos e pelo menos mais um encaminhado, isso sem contar sua presença em Liga da Justiça, o personagem foi essencial para a construção do cenário hollywoodiano atual, repleto de adaptações de HQs. Vamos relembrar um pouco desses filmes e como cada um foi importante para formar a imagem que temos do Batman hoje
Batman (1989)
“POW!”, “SOCK”, “Batman! Na na na na na na na…” Acredite se quiser, isso define o que era o Homem-Morcego para o público geral no início dos anos 80. Apesar de suas cenas serem usadas constantemente nas paródias e memes da Internet, a série Batman, exibida entre 1966 e 1968, marcou a imagem do herói por muito tempo. Colorido e totalmente focado na comédia, o programa era quase uma paródia dos quadrinhos, o que já ficava perceptível desde a escalação de Adam West, visivelmente fora de forma, para o papel de Bruce Wayne.
O cenário começou a mudar em 1986 com o lançamento de O Cavaleiro das Trevas, HQ escrita por Frank Miller considerada a maior responsável pela introdução de histórias sombrias e adultas nos quadrinhos. A publicação fez muitos estúdios olharem com mais atenção para essa mídia. Assim começa a produção do primeiro filme do Morcego.
As polêmicas com os fãs foram grandes desde o início. Tudo começou com a escolha de um diretor pouquíssimo conhecido chamado Tim Burton. Esse tipo de crítica pode parecer loucura hoje, mas Burton só tinha dois filmes no currículo até então: A Grande Aventura de Pee-Wee e Os Fantasmas se Divertem. A contratação do astro premiado Jack Nicholson para o papel de Coringa trouxe mais confiança para a adaptação, mas a maior polêmica ainda estava por vir.
Mel Gibson, Ray Liotta, Kevin Costner e Tom Selleck foram apenas alguns dos atores considerados para interpretar Batman. Porém, o personagem foi parar na opção mais inusitada: Michael Keaton. O porte franzino e a aparência que nada lembrava o Homem-Morcego fez com que os fãs se revoltassem. A Warner chegou a receber mais de cinquenta mil cartas pedindo a saída de Keaton da produção. O problema da forma física do ator acabou sendo resolvido com a armadura que servia de uniforme.
Após tantas críticas antes do lançamento, Batman finalmente chegou às telas em junho de 1989. Mesmo com problemas de roteiro e alguns personagens mal desenvolvidos, a obra foi um sucesso comercial e arrecadou mais de US$400 milhões, uma das maiores bilheterias da história até então. O clima sombrio, a trilha sonora marcante e a atuação espetacular de Jack Nicholson (para muitos, o melhor Coringa da história) fez com que o mundo olhasse de forma diferente para o personagem e as histórias de super-heróis. A produção ainda ganhou um Oscar de Melhor Direção de Arte. Era um início promissor.
Batman: O Retorno (1992)
Mesmo com o grande sucesso do primeiro filme, Tim Burton não estava tão empolgado assim para dirigir uma continuação. As coisas só começaram a mudar quando a Warner conseguiu que o diretor tivesse total liberdade criativa. A partir disso, Burton adicionou um clima ainda mais sombrio do que o visto no original, com cenários maiores e mais belos. Porém, muitos problemas ainda existiam e a produção dividiu opiniões.
Assim como no primeiro filme, Michael Keaton continuou sendo o Cavaleiro das Trevas e o vilão continuou roubando a cena. Com um belo visual inspirado no clássico O Gabinete do Dr. Caligari, o Pinguim interpretado por Danny DeVito, o ator perfeito para o papel, apresentou diálogos interessantíssimos e uma boa ameaça para o herói. O único grande problema na construção do personagem foi sua bizarra história de origem, que não tem nenhuma semelhança com a apresentada nos quadrinhos. Ah, e ainda temos os estranhos pinguins teleguiados, mas isso é perdoável apenas pelo quão legal é ver os animais transportando misseis.
Outro ponto positivo foi a introdução da Mulher-Gato. Da extensa lista de candidatas ao papel, que incluía até Madonna e Cher, Michelle Pffeifer foi a escolhida e apresentou bem toda a sensualidade necessária para Selina Kyle. Também com uma origem bizarra (uma mulher que cai de um edifício e é mordida por gatos!), ela se envolve em um clássico caso amoroso com o Homem-Morcego.
O filme teve a melhor semana de estreia na história até então e chegou a faturar US$266 milhões no mundo todo. A produção ainda recebeu duas indicações ao Oscar nas categorias de Melhores Efeitos Visuais e Melhor Maquiagem. Mesmo sendo um sucesso financeiro, a Warner ficou preocupada com o fato de Batman: O Retorno ter arrecadado menos que seu antecessor. Além disso, o tom sombrio gerou críticas por parte da imprensa e do público, que reclamaram da violência exagerada e do conteúdo sexual implícito. A combinação desses fatores fez o estúdio mudar completamente os planos para o Morcego. Ali começava a pior época do personagem nas telas.
Batman Eternamente (1995)
Era hora do “Batman da família”. Para rebater as críticas ao anterior e faturar mais, a Warner decidiu diminuir o lado sombrio e fazer algo mais divertido. Logo de início, Tim Burton foi deixado apenas como produtor e Joel Schumacher era o novo diretor. A mudança acabou fazendo Michael Keaton desistir da continuação e ir atrás de “papéis sérios”. No lugar dele, entrou o jovem galã (e inexpressivo) Val Kilmer, pouco conhecido até então.
Charada e Duas-Caras, vilões clássicos do Batman, foram escolhidos para serem as ameaças do filme e Jim Carrey e Tommy Lee Jones escalados para interpreta-los, respectivamente. Dois atores de porte, tudo certo, não é? Muito longe disso. Claro que o clima carnavalesco da produção não ajuda, mas as atuações de ambos estão entre as piores de suas carreiras. Os personagens são, basicamente, risadas, gritos e expressões exageradas que deixam o espectador envergonhado do que esta assistindo. Outro problema no elenco esta em Nicole Kidman, outra grande atriz em péssimo desempenho. A psicóloga Chase Meridian é superficial e só serve para incluir algum tipo de romance na história.
Mas o maior defeito atende pelo nome de Robin. Chris O’ Donnel, que nunca fez mais nada de expressão, interpreta um personagem mal construído e irritante. Dick Grayson esta longe da clássica figura do menino órfão adotado por Batman, sendo um adulto que busca mais reconhecimento do que fazer o bem.
Apesar de todos os problemas e das críticas negativas (além da inclusão de um close vergonhoso no traseiro do Morcego), Batman Eternamente foi um grande sucesso financeiro e arrecadou cerca de US$336 milhões em todo o mundo, sendo a segunda maior bilheteria de 1995 atrás apenas de Toy Story. O filme foi indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Fotografia, Melhor Mixagem de Som e Melhor Edição de Som. Visando apenas o dinheiro e não ouvindo as críticas, a Warner começou a produzir a continuação, um filme de qualidade tão questionável que deixaria Batman fora das telas por muito tempo.
Batman & Robin (1997)
Mais colorido e muito mais exagerado. Isso é Batman & Robin. O sucesso financeiro promoveu a continuidade de Joel Schumacher na direção, mas logo veio o primeiro problema. Val Kilmer não poderia participar devido a conflitos de agenda, sendo substituído pelo emergente George Clooney, que todos conhecemos bem hoje.
Os pontos criticados em Batman Eternamente ficaram piores na continuação. Piadas o tempo todo, arcos dramáticos extremamente mal desenvolvidos e personagens clássicos desperdiçados. Os vilões têm ainda mais problemas do que no anterior. Hera Venenosa, interpretada por Uma Thurman (ainda colhendo frutos do sucesso de Pulp Fiction), não tem nenhum momento marcante e sua tentativa de passar sexualidade passa longe do bom resultado alcançado com a Mulher-Gato em Batman: O Retorno. O Sr. Frio vive de trocadilhos infantis com “ice”, “freeze” e “cold”, apenas irritando o espectador. Além disso, a atuação de Arnold Schwarzenegger é ruim até para os padrões pouco expressivos do ator. Ainda temos Bane, que teve que ficar com as sobras e ser reduzido a uma montanha de músculos sem uma única linha de diálogo no filme.
Chris O’ Donnel volta ao papel de Robin em um arco que buscava tratar do personagem buscando independência, mas acaba transformando o herói em um garoto mimado que não consegue nenhum carinho do público. Para completar, surge a Batgirl de Alicia Silverstone, apresentada quase como uma patricinha que não faria diferença se não estivesse na produção.
O filme repetiu o sucesso comercial com uma bilheteria de US$238 milhões, mas estes não foram suficientes para silenciar os comentários negativos dessa vez. O longa foi indicado a inúmeros Framboesa de Ouro e esta em muitas listas de piores filmes de todos os tempos até hoje. Joel Schumacher se retratou dizendo que o resultado do filme foi culpa da pressão do estúdio por uma produção mais familiar. Posteriormente, George Clooney pediu desculpas aos fãs do personagem e disse que a produção foi um desperdício de dinheiro. O fracasso fez com que o planejamento para o herói fosse totalmente alterado e seu próximo filme só fosse surgir 8 anos depois em um sucesso que definiu os super-heróis no cinema para sempre.
Batman Begins (2005)
Após o resultado negativo de Batman & Robin, o Homem-Morcego ficou na geladeira da Warner e teve várias produções planejadas, mas nenhuma saiu do papel. A mais próxima de começar foi uma versão do diretor Darren Aronofsky, conhecido por Réquiem Para um Sonho, que chegou a ganhar um roteiro escrito por ele em parceria com Frank Miller. Em 2003, o personagem foi parar nas mãos de Christopher Nolan, que começou a fazer a primeira história de origem para o Batman das grandes telas.
Chega de cores vibrantes ou histórias muito absurdas, a palavra-chave agora era realismo. Em parceria com o roteirista David S. Goyer, Nolan queria desenvolver mais Bruce Wayne e fazer algo humano e sombrio, tendo o medo como principal tema. Apesar disso, ele desejava que o filme fosse atrativo até para crianças, trazendo uma história interessante para adultos mas que não fosse de extrema complexidade. Superman – O Filme, de 1978, era considerada a maior inspiração do gênero durante a produção.
Efeitos especiais passaram a ser utilizados de forma rara, com o diretor escalando inúmeros dublês e até construindo o Batmóvel, que mais parecia um tanque. O traje também foi alterado para ser mais flexível e fácil de ser utilizado, mudando principalmente a articulação do pescoço, que mal podia ser movido nos uniformes dos filmes anteriores.
Desde que a versão de Aronofsky estava sendo produzida, Christian Bale demonstrava interesse em ser o protagonista e acabou sendo escolhido por Nolan logo no começo do desenvolvimento de Batman Begins. Para o ator, o personagem nunca tinha ganho o devido espaço no cinema, com os vilões sempre roubando a cena em seus filmes, então era hora de mostrar quem realmente era o Batman. Bale teve que ganhar 45 kg em poucos meses para o papel, isso devido a ter estrelado O Operário, onde precisou perder muito peso. Outros atores cotados foram Jake Gyllenhaal e Cillian Murphy, que acabou sendo o vilão Espantalho.
Aliás, o elenco foi um dos grandes destaques com nome consagrados como Michael Caine, Gary Oldman, Tom Wilkinson e Liam Neeson. Além disso, Chris Cooper e Rachel McAdams chegaram a serem cotados para os papéis de Jim Gordon e Rachel Dawes, respectivamente.
Batman Begins estreou em primeiro lugar nas bilheterias e, assim como todos os antecessores, foi sucesso comercial, com o diferencial de ser o primeiro filme do Morcego aprovado por quase todo o público e a crítica. Em pesquisas do estúdio, ele foi considerado pela maioria das pessoas o melhor filme do personagem até então. A obra ainda foi indicada ao Oscar de Melhor Fotografia.
A importância ultrapassou o personagem e influenciou todo o cenário cinematográfico. Batman Begins iniciou a onda de reboots e mostrou aos estúdios que histórias mais sombrias e realistas poderiam fazer sucesso. Além disso, ajudou a abrir mais portas para heróis nos cinemas. O grande número de adaptações de HQs atuais deve muito a Begins. Uma continuação era inevitável e esta veio a ser o filme que, para muitos, é considerado o melhor história do personagem nas telas.
Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008)
O sucesso de Batman Begins garantiu Christopher Nolan no comando da sequência, dessa vez trazendo seu irmão Jonathan, constante colaborador, para escrever o roteiro. Dando continuidade aos acontecimentos do anterior e mantendo o clima sombrio, o filme tratava de justiça vs vingança e pegou muita inspiração em histórias clássicas como O Longo Dia das Bruxas e A Piada Mortal. Foi a primeira vez que Batman estrelou uma obra sem seu nome, chamada apenas de The Dark Knight, no original, fazendo referência também a Harvey Dent e sua jornada para se tornar o vilão Duas-Caras.
A produção conseguiu trazer de volta quase todos os personagens importantes de Begins, incluindo Christian Bale, Michael Caine e Gary Oldman. A única saída sentida foi de Katie Holmes, que chegou a ser confirmada e depois recusou o papel por conflitos de agenda. A atriz foi substituída pela também talentosa Maggie Gyllenhaal dois meses após sua saída. Além disso, tivemos a entrada de Aaron Eckhart para o papel de Duas-Caras. Mas a grande adição ao elenco foi a que gerou mais polêmicas.
No começo, Nolan não tinha certeza, mas acabou sendo convencido a fazer uma reinterpretação do grande antagonista do Batman: O Coringa. Atores importantíssimos como Paul Bettany, Adrien Brody, Steve Carell e Robin Williams destacaram para o público sua vontade de interpretar o vilão. Até Jack Nicholson, o Coringa original dos cinemas, fez brincadeiras pedindo para voltar. No final, o nome confirmado foi um que Christopher Nolan sempre quis trabalhar e nunca tinha conseguido: Heath Ledger.
Mais conhecido por comédias românticas como o adorado 10 Coisas que Eu Odeio em Você e sem experiência em papéis mais surtados, Ledger foi desprezado inicialmente pelos fãs. O ator apresentou a Nolan o estilo anárquico que queria utilizar, convencendo o diretor a dar maior liberdade de interpretação. Dizer que Heath levou o trabalho muito a sério é banalizar. Ele fez daquele o grande momento da carreira (o que posteriormente acabaria sendo mesmo). Ledger ficou um mês sozinho em um quarto de hotel preparando todos os trejeitos do Coringa, de forma que fosse assustador e se distanciasse do clássico de Nicholson. Ele também criou a maquiagem utilizada pelo palhaço do crime. Logo vieram as filmagens e depois a grande tragédia aconteceu.
Heath Ledger foi encontrado morto em seu apartamento em 22 de janeiro de 2008, vítima de uma overdose acidental de remédios. Um dos grandes mitos de Hollywood até hoje é de que o ator teria enlouquecido ao se aprofundar no personagem, levando-o a cometer suicídio, teoria que nunca foi comprovada. Ledger nunca viu seu trabalho pronto, mas certamente ficaria orgulhoso. Ele ganhou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, o segundo prêmio póstumo para atores na história, e foi eleito pela revista Empire o terceiro maior personagem da história do cinema.
Além disso, sua atuação foi um dos grandes pontos positivos de uma obra que foi eleita pela mesma Empire como o quinto melhor filme de todos os tempos. Batman: O Cavaleiro das Trevas é, sem dúvidas, a produção de heróis mais aclamada já feita. Recebendo muitas críticas positivas e oito indicações ao Oscar, não disputando por muito pouco a categoria de Melhor Filme. Além do prêmio de Ator Coadjuvante, também ganhou o de Melhor Edição de Som.
Os outros filmes do Morcego eram sucesso de bilheteria, mas The Dark Knight se superou, batendo a marca de um bilhão de dólares, a quarta produção da história a conseguir o feito. Era a garantia de mais uma continuação e hora de um encerramento.
Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012)
Christopher Nolan estava hesitando em participar de um novo filme do Batman. O diretor só aceitou após conseguir desenvolver uma história com seu irmão e David S. Goyer, baseando-se principalmente em A Queda do Morcego, saga mais longa do personagem já publicada nos quadrinhos. Apesar da possibilidade de uma aparição de Charada ou Pinguim, para os quais foram cotados atores como Leonardo DiCaprio, Johnny Depp e Hugh Laurie, a inspiração do roteiro deixou claro quem seria o grande antagonista da vez: Bane.
Após a participação medíocre do vilão em Batman & Robin, era até difícil acreditar que ele voltaria as telonas, ainda mais como principal vilão. Nolan queria alguém que pudesse levar o Morcego ao limite do combate físico e mental. Tom Hardy foi escolhido para o papel, tendo que ganhar 14 kg e trabalhar o contraste entre voz e corpo, o que rendeu mais uma excelente atuação do novo Mad Max.
Christian Bale voltou e se tornou o primeiro ator a interpretar Batman por três vezes no cinema, mas logo afirmou que esta seria a última. Gary Oldman, Michael Caine, Morgan Freeman e Cillian Murphy também retornaram para o terceiro filme. Foi adicionada a clássica Mulher-Gato, interpretada por Anne Hathaway, ladra que, para variar, tem um clima romântico com Batman. A atriz afirmou ter feito o teste de elenco sem saber que personagem faria e que esse foi o trabalho mais exigente que ela já fez se tratando de questões físicas. Ainda houve a inclusão de John Blake, um personagem original que viria a se revelar como um futuro Robin. Joseph Gordon-Levitt ficou com o papel. Nolan disse que não queria incluir o personagem já como ajudante oficial do Morcego pois essa era uma história de um Batman ainda jovem e ganhando experiência, não fazendo sentido ele já ter adotado o garoto.
Lançado em julho de 2012, Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge foi muito bem recebido pela crítica, apesar de menos celebrado que o anterior. As cenas de ação, o desenvolvimento dos personagens e o final marcante foram destacados como os grandes pontos positivos da produção. A bilheteria foi ainda maior, chegando a cerca de um bilhão e oitenta milhões dólares.
O lançamento do filme, infelizmente, foi marcado por uma tragédia. Em uma sessão realizada em Aurora, no Colorado, um atirador abriu fogo dentro do cinema, matando 12 pessoas e ferindo outras 58. O suspeito detido nas proximidades foi James Eagan Holmes, que afirmou a polícia ser o Coringa e ter explosivos armados em seu apartamento, estes que foram realmente encontrados. O acontecimento reacendeu mais uma vez as constantes discussões sobre o porte de armas nos EUA.
Com o fim da trilogia de Nolan, o futuro do personagem ficou em aberto. Claro que o sucesso comercial e crítico dos últimos filmes faria com que não demorasse tanto assim para surgir um novo longa com personagem. No ano seguinte, ele foi confirmado.
Batman vs Superman: A Origem da Justiça (2016)
Em junho de 2013, foi confirmado que Zack Snyder e David S. Goyer estavam produzindo uma sequência de O Homem de Aço, lançado no mesmo ano. Na San Diego Comic-Con, anunciaram a presença de Batman no filme, marcando um confronto entre ele e Superman. Christopher Nolan seria apenas produtor executivo. A história buscou inspiração maior nas páginas de O Cavaleiro das Trevas, obra-prima dos quadrinhos.
Em seguida, veio a grande bomba. A Warner guardava a sete chaves seu maior segredo: Ben Affleck, cujo nome não havia aparecido nem em boatos, foi confirmado como Batman. Assim como quando Michael Keaton foi anunciado, as críticas em massa vieram. Petições para sua saída foram feitas e ele era constantemente apedrejado em redes sociais. Mesmo consolidando sua carreira de diretor e roteirista, Affleck sempre foi considerado um ator apenas esforçado e não teria qualidade o suficiente para as camadas complexas do personagem. Mas quem não gostou da escolha acabou surpreendido.
Apesar da recepção mista, dividindo fãs e críticos do mundo inteiro, a essência do Batman foi considerada a grande qualidade do filme. O jeito sombrio, envelhecido e amargurado foi extremamente elogiado em conjunto com o belo uniforme, que resultou no que, para muitos, é o Batman mais fiel aos quadrinhos já visto no cinema.
O Homem-Morcego terá uma participação em Esquadrão Suicida, voltará em Liga da Justiça, que será lançado ano que vem, além de ter planejado um filme solo estrelado e dirigido por Ben Affleck, mas sem data confirmada. Enquanto isso, resta apreciar essa grande história do personagem e torcer para que demore muito para que os produtores deixem o personagem de lado nas grandes telas.
Editor na página.
Queria ser criativo como Woody Allen, insano como Tarantino, genial como David Fincher e bonito como DiCaprio, mas me contento em apreciar suas grandes obras. Vivendo entre Sergio Leone e adaptações de HQs.