Crítica | Pink: All I Know So Far (2021)

Nota do Filme :

Eu sempre digo que não há porta por onde possa sair. Como algumas pessoas saem pela porta e vão trabalhar, e deixam o que está em casa em casa, e vão fazer o seu trabalho. Eu não saio pela porta, nunca.

A cantora e compositora estadunidense, vencedora de três Grammys, Pink, estreou na Amazon Prime seu documentário All I Know So Far. O filme foi gravado enquanto a artista fazia a sua turnê pela Europa Beautiful Trauma, em 2019, mostrando como a artista equilibra a vida pessoal com a sua carreira.

Dirigido pelo mesmo diretor de The Greatest Showman, Michael Gracey, o documentário mistura entrevistas de bastidores e o backstage dos shows, a fim de captar a essência da artista e oferecer ao público a perspectiva da mulher por trás da estrela.  O filme foi rodado durante três semanas, acompanhado pelo seu marido, o ex-campeão de motocross Carey Hart, junto com sua filha, Willow, de oito anos, e seu filho, Jameson, de dois.

All I Know So Far mostra o equilíbrio que a cantora busca entre a sua família e as demandas profissionais da sua carreira. O filme não é tão declarativo como o Dancing With the Devil, de Demi Lovato, nem nos encanta com seu conhecimento técnico em relação às performances, como o Homecoming de Beyoncé, mas é fascinante, comovente e cativante, e o filme traz consigo uma energia imensurável

“Tudo é fundido em um, e isso é lindo e incrivelmente comovente”Pink mistura seus dois mundos em um, tornando isso uma experiência única e desafiadora. “Eu sei que é muito mais fácil para os homens, principalmente, sair pela porta e não olhar para trás. Apenas isso. Não há como uma mãe se afastar de seus bebês e não pensar neles a cada segundo de cada dia e não se preocupar, a ponto de você não conseguir dormir”. Enquanto muitas outras artistas param de fazer turnês para ficarem com seus filhos, Pink mescla os dois, já que ama fazer os dois. “Eu gosto de me levantar e sair e ver o mundo com os meus filhos tanto quanto como eu gosto de arrasar no palco“.

All I Know So Far revela recordações de ensaios da turnê, passeios em família e momentos não planejados em quartos de hotel. Nessas cenas também é vista a dinâmica dela com a sua família em turnê. Com o seu marido ao seu lado, sempre a ajuda-la, a estrela se esforça para promover um ambiente de criação inclusivo.

Tendo feito ginastica desde cedo, Pink quer inovar seus shows, fazendo números que nunca nenhum artista jamais pensou em fazer. Com um show no gigantesco Estádio de Wembley, de Londres, não poderia ser diferente. Em pouco tempo de duração do show, Pink já está voando sobre o público, dando acrobacias, tentando conseguir ao máximo se comunicar com o público, expressando a sua liberdade, que flutua em sua música. Sendo inspiração para muitas pessoas, Pink já impactou na vida de várias pessoas com suas músicas de inclusão e emocionantes. Ela busca representar cada pessoa que se sente diferente na sociedade, querendo sempre incluir todos.