Na Palma da Mão, ou Unlocked, é o novo filme de suspense da Netflix e já ocupa a 4ª posição na lista dos mais assistidos no Brasil.
Baseado no livro homônimo de Akira Shiga, a trama segue a história de Na-Mi (Chun Woo-hee), uma jovem que tem a vida virada do avesso após perder o celular ao voltar de uma festa. O aparelho é encontrado por Jun-Yeong (Im Siwan), um jovem misterioso que, após instalar um aplicativo de espionagem, devolve o celular e rastreia toda a vida da protagonista e passa a segui-la.
Ao mesmo tempo, acompanhamos a investigação dos assassinatos em série que acontecem na região. O detetive do caso, Ji-man (Kim Hie-won), encontra uma série de vestígios do seu filho, Jun-Yeong, nas cenas de crime e passa a investiga-lo.
O longa sul-coreano traz uma trama atual sobre como a vida do ser humano se tornou inerente a tecnologia, fazendo com que todas as nossas informações, como hobbies, vida pessoal e profissional, possam ser encontradas na palma da mão … ou seja, no smartphone.
Apesar de uma fraca motivação por parte do antagonista, o filme cumpre o que promete e não faz rodeios para isso. A trama cumpre o seu propósito e até faz piada do quão simples as coisas acontecem. Mas isso não quer dizer que o espectador não possa ser surpreendido. O final do longa reserva um plot twist digno de deixar os queixos caídos.
As atuações não deixam a desejar. Os créditos ficam por conta do já conhecido entre os amantes das produções coreanas, Im Siwan, que retrata o sangue frio do jovem Jun-yeong e a dualidade já característicos dos psicopatas. Chun Woo-hee não fica atrás. A atriz que dá a vida a protagonista consegue passar toda a aflição nas cenas finais do longa, que são capazes de tirar o fôlego de quem assiste.
Na Palma da Mão não se propõe a ser uma obra genial, mas consegue prender a atenção do espectador em suas quase duas horas de filme. O longa de Kim Tae-joon é uma ótima opção para quem está atrás de uma boa história que vai deixar uma pulga atrás da orelha a medida em que os créditos sobem.