O conteúdo cinematográfico de Hollywood é vasto e, infelizmente, se tratando de marketing e divulgação, nós telespectadores, ainda somos reféns de irmos ao cinema e apenas conhecer as grandes obras – até porque elas possuem mais divulgações que o filme que iremos falar hoje -. Entretanto, algumas obras independentes, de um mercado de nicho, fora dos padrões de grandes produtoras norte-americanas e, que trabalham com um pequeno orçamento, costumam alcançar sucesso e revelar bons atores e diretores. Na coluna de hoje trazemos para vocês, amigos da Cine, um filme que super encaixa com esse mercado de nicho que eu cito, e, garanto a vocês, que podem preparar a pipoca e ir correndo para sua televisão, pois se você é assinante da Netflix, ele tá lá no catálogo da marca, mas se também você não tem Netflix, baixa um torrent, arruma um jeito, mas vai na fé, que esse é um filmaço.
O filme de hoje se chama Super Dark Times, um thriller que conta a história de dois grandes amigos: Zach (Owen Campbell) e Josh (Charlie Tahan), os dois compartilham a mesma paixão por Alisson (Elizabeth Cappuccino), a dupla costuma sair e se encontrar com o amigo irritante Darryl (Max Talisman) e seu amigo Charlie (Sawyer Barth), num desses encontros, uma discussão ocasiona acidentalmente a morte de Darryl, o que leva os outros três a esconder o corpo e arma do crime. Iniciando uma trama psicológica e bem construída pelo diretor estreante Kevin Phillips.
O filme estreou no Festival Rotterdam, também rodou no Festival de Tribeca e foi bem elogiado pelos críticos possuindo 92% no Rotten Tomatoes. O Roteiro de Ben Collins e Luke Piotrowski conduz uma atmosfera em uma premissa que busca sempre intimidar e amedrontar o telespectador, buscando causar a dúvida entre os fatos, o que não só conduz o filme bem, como prende toda a atenção.
A fotografia do filme contempla belas cenas baseadas na década de 90 e o seu design de som agrada bastante, com uma trilha e notas que faz o suspense soarem de forma que prende o telespectador. É admirável, inclusive, falar, que embora o filme se passe na década de 90, ele não é apelativo para a questão da nostalgia, você até nota alguns objetos e vestígios da época, mas não é algo que apela para esse ponto.
Super Dark Times é um dos melhores filmes que eu assisti em 2017 e, que, inclusive, entrou na minha lista de top 10 dos filmes em que mais gostei no ano passado. Além de contribuir para uma boa safra de diretores jovens que andam surgindo, Kevin Phillips aqui não só entrega uma boa direção como mostra ser capaz de chegar na nata de Hollywood. O elenco também agrada bastante e trás uma atuação admirável de Charlie Tahan – fiquem de olho neste garoto -.
Para quem é fã de filmes como Donnie Darko e Sobre Meninos e Lobos, este é um filme que não pode passar despercebido pelos cinéfilos.
Por essa semana ficamos por aqui, mas na próxima seguiremos com nossa coluna, desta vez com uma série.
Bons filmes.
Ama o cinema desde que era uma criança quando, ao brincar com seus gibis da Turma da Mônica, os imaginava como se fossem pequenas fitas VHS de uma locadora de vídeo.
Correspondente das Cabines de Imprensa de Recife-PE.