O documentário de hoje é uma produção Netflix sobre Fyre, um festival de música que acabou sendo uma fraude.
Programado para acontecer entre abril e maio de 2017 nas Bahamas, o Fyre Festival foi promovido como um final de semana luxuoso com o melhor da música, acompanhado de um serviço exclusivo.
Na organização do festival estava o rapper Ja Rule em parceria com o promissor empresário Billy McFarland. Com um grande apelo visual, a divulgação foi feita em sua maioria por modelos e influenciadores digitais, e sempre pelas redes sociais.
Os ingressos chegam a custar US$100 mil e oferecia acomodações de luxo, mas a estrutura do festival na verdade eram apenas um amontoado de barracas e colchões, que devido a chuva ficaram totalmente alagados.
Mas não foi só a acomodação que deixou a desejar. Uma conta no Twitter postou o jantar, que segundo a organização, seria preparado por chefs.
A questão é: de que maneira o festival promovido um final de semana luxuoso e exclusivo acabou virando esse desastre? E a resposta é bem simples.
Billy McFarland vendeu algo que não estava nem perto de ser real ou então possível de realizar. Além de enganar o público, os organizadores também utilizaram a mão de obra local e simplesmente abandonaram a ilha sem pagar seus moradores, o que levou a dona de um restaurante gastar US$50 mil de suas economias para pagar os trabalhadores.
Um evento desse porte leva em média um ano para ser planejado, mas Ja Rule e Billy tinham de seis a oito semanas.
Seth Crossno, uma das pessoas que compraram ingresso, disse em entrevista que quando chegaram, o local parecia um canteiro de obras, com tudo inacabado.
A fraude do Fyre Festival também foi exposta pelo documentário recém lançado pelo Hulu, outro serviço de streaming.
Editora da página e autora da coluna Cinematologia Indica.
De Disney até Tarantino. De Friends até Orange Is the New Black. Uma pessoa que adora explorar cada cantinho da Netflix. Basicamente uma vida created by Shonda Rhimes.