Friends

Aquele em que os criadores de ‘Friends’ contam do que se arrependeram

Parece que foi ontem que os seis amigos de Manhattan tomavam seu costumeiro café no Central Perk pela primeira vez. Mas este ano se completam 25 anos desde a criação da série “Friends”, em 1994. No painel de aniversário do programa no Tribeca TV Festival 2019, os criadores David Crane e Marta Kauffman admitiram que nem tudo funcionou como gostariam. Além disso, revelaram curiosidades sobre a produção e fizeram alguns apontamentos, como o de não haver chance de um revival.

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Cena final do último episódio de Friends, na então despedida dos amigos – Foto: Reprodução

Com dez temporadas e 236 episódios, cada um com pelo menos três tramas diferentes, realmente seria difícil atingir a perfeição. Crane e Kauffman, em entrevista à Variety, também relembram que o orçamento nem sempre foi vasto como no fim da série. O produtor executivo, Kevin Bright, conta que no início das filmagens, havia um desfalque de aproximadamente 100 mil dólares. Isso fez com eles se focassem mais na história dos personagens, em cenários simples e sem atores convidados.

Ainda assim, foi nessas condições que emergiram os dois episódios considerados entre os melhores da série pelos criadores, The One with the Embryos (Aquele com os embriões) e The One Where Everybody Finds Out (Aquele em que todos descobrem). O primeiro foi produzido, inclusive, sob influência da gravidez real da atriz Lisa Kudrow (Phoebe) na época.

Em contrapartida, Crane e Kauffman manifestam alguns descontentamentos. Explicam que não assistem à série com muita frequência, mas que às vezes se surpreendem negativamente por algumas coisas terem passado. Como é o caso dos episódios “Aquele com a geleia”, em que Phoebe começa a namorar um homem (David Arquette) que estava perseguindo sua irmã gêmea; e “Aquele com a catapora”, em que ela e o então namorado Ryan (Charlie Sheen) pegam catapora.

Motivos (acrescentados em edição posterior à publicação)

Os fatores que geram insatisfação a respeito dos episódios não ficam muito claros, mas, segundo Kauffman, o episódio do perseguidor teve de ser reescrito muitas vezes para “funcionar”. Ela ainda acrescenta que não tem certeza de que o da catapora tenha dado certo também. Crane, por sua vez, se arrepende de algumas piadas: “Tem vezes que penso: ‘Uau, sério? Escolhemos isso? Não poderíamos ter ficado ali por mais 10 minutos para encontrar uma piada melhor?’”, se queixa.

Mas de qualquer forma, com queixa ou sem queixa, é inegável o sucesso da série, que, por 25 anos, 236 episódios e seis amigos, continua presente nas telas e vidas diariamente.