Nos últimos anos, a atriz e embaixadora da boa vontade pela ONU, Anne Hathaway, tem usado positivamente sua influencia em Hollywood. Agora, além de defender a igualdade de gênero na sede da ONU em discurso do Dia Internacional da Mulher, ela admite que pode ter perpetuado a misoginia em um ponto de sua carreira.
Nesta terça (18), em entrevista ao programa Popcorn com Peter Travers, Hathaway falou abertamente sobre um comportamento sexista que a assombra até hoje, admitindo que não deu tudo o que pôde à diretora Lone Scherfig, simplesmente por ser uma mulher na direção.
O apresentador, Peter Travers, perguntou a atriz qual o filme em que ela aprendeu mais. Então, a atriz revelou o que levou dos bastidores de One Day para a vida, não necessariamente durante a produção, mas após uma reflexão, anos mais tarde, sobre seu comportamento com cineasta Lone Scherfig. “Eu realmente lamento não ter confiado nela mais facilmente”, disse Hathaway. “Estou assustada até hoje que a razão pela qual eu não confiava nela como eu confio em outros diretores é porque ela é uma mulher.” confessou. “Estou tão assustada por tê-la tratado com essa misoginia inconsciente.”
Em uma entrevista concedida em 2011 ao IndieWire, a diretora Scherfig falou sobre as diferenças que vêm com ser uma diretora. Além de elogiar Hathaway, acrescentando que ela era uma atriz “fácil de gostar e cuidar”.
“Quando recebia o roteiro de um filme dirigido por uma mulher, me concentrava apenas no que havia de errado com ele. Porém, quando recebia um filme dirigido por um homem, eu me concentrava em tudo o que havia de certo com ele”, a atriz confessou envergonhada. “Eu só posso reconhecer que eu realmente fiz isso e não quero mais fazer.”
Anne Hathaway disse que nunca pediu desculpas pessoalmente a Lone Scherfig, mas iria fazê-lo logo após a entrevista.
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