Rogue One é o colírio que faltava

Rogue One

Rogue One é uma das grandes surpresas do ano que se passou, não desmerecendo o destaque de nenhum outro filme, mas esse merece um certo destaque pois funciona como uma expansão certeira para Disney, explorando o resto do universo de Star Wars, que antes só era visto em outras mídias sem ser a cinematográfica.

Com isso, temos um sucesso com seus grandes efeitos especiais, referências para nenhum fã botar defeito, além de participações de personagens irônicos da franquia, que foram muito bem utilizados no longa. E, apesar de ser a fórmula Disney, temos um final bastante sombrio para o padrão da empresa. Sombrio, mas necessário.

Darth Vader em Rogue One

Contudo, apesar de ser uma história de Star Wars, o longa desenvolve pouco alguns personagens que tinham bastante potencial e grandes atores os interpretando. Por exemplo, temos o pai da Jyn, interpretado por Mads Mikkelsen, que foi o engenheiro responsável pela criação da Estrela da Morte, surgindo apenas em algumas cenas, não mostrando o potencial que ele tinha. Ainda temos Saw Gerrera, interpretado por Forest Whitaker, que é um personagem importante para trama por ter criado a protagonista, mas não se percebe sua relevância no decorrer da história, sendo que havia espaço para isso. Mas apesar desse mal aproveitamento, o filme ofusca isso fazendo com que o espectador não consiga criar um laço com os personagens, pois tudo é um jogo de batata quente com guerra bastante planejado.

Logo, Rogue One mostra que explorar o gigantesco universo de George Lucas no cinema, sem que seja a narrativa principal da saga, pode ser um sucesso no cinema, como já é em outras mídias. Acaba por se tornar um revigorante na franquia, expandindo um leque com uma gama gigantesca de histórias que podem ser contadas, tal como será o filme sobre Han Solo. E que venham muitos outros, afinal, quem não gostaria de um filme focando a ascenção de Darth Vader na galáxia, ou até mesmo uma série sobre Obi-Wan?