Jessica Chastain só aceita papéis onde haja igualdade de remuneração com atores homens

Jessica Chastain, que já atuou em mais de 25 filmes e 10 séries, indicada duas vezes ao Oscar, por “A hora mais escura” (2012) e “Histórias cruzadas” (2011) não admite receber uma remuneração menor que a de colegas homens.

Em entrevista a revista Variety, a atriz explicou como negocia seus contratos com o objetivo de não receber menos que um homem que esteja em um papel de mesmo destaque que o dela. “Não aceito papéis em que serei paga apenas um quarto do salário do ator coadjuvante. Não permito mais que isso aconteça na minha vida.” revelou, Chastain.

Ela ainda relembrou negociações que a fizeram tomar essa decisão: “É terrível o que eu costumava fazer no passado. A agência chegava com uma oferta, mas não queriam que eu fizesse o meu acordo antes do ator masculino. Eles queriam esperar e ver o que tinha sobrado, mesmo que tivessem vindo primeiro a mim. E assim eu parei de fazer isso. Agora, se alguém vem a mim e tem uma oferta mas quer que eu espere, eu digo “adeus.” Se você me quer em seu filme, faça uma cláusula. Não determine o meu valor com base no que sobrou.”

E confirmou porque não se arrepende de ter adotado essa exigência em seus contratos: “Eu recusei algo enorme recentemente. Para mim, não era sobre o dinheiro; Era um problema antiquado da diferença salarial. Eu recusei, e eles não voltaram. Lembro-me que depois pensei “O que eu fiz? Talvez tenha sido um erro.” Mas não foi, porque todos no estúdios souberam o que eu fiz. Então o que estou fazendo é criar uma reputação: Não leve a Jessica algo onde ela não está sendo compensada igualmente ao ator masculino. O poder de “não” significa que você está educando as pessoas sobre como tratá-la.

Jessica Chastain tornou-se uma defensora da igualdade de gênero em Hollywood, defendendo a contratação de mais mulheres as equipes de produção dos filmes.

A entrevista faz parte da “Power of Women New York 2017” , que destacou cinco mulheres importantes que usam suas influências para chamar a atenção para causas nobres.